domingo, 1 de setembro de 2013

Restos de Um Pecado (Walk on the Wild Side) 1962



O início dos anos 1960 foram anos de incerteza para os estúdios de Hollywood que ainda ficavam com um pé na idade de ouro, e outro provisoriamente num ambiente mais permissivo em termos do tipo de temas que eram aceitáveis ​​na tela. Em 1961, a peça de Lillian Hellman, The Children's Hour foi filmada pela segunda vez, desta vez por William Wyler, com referências muito mais explícitas ao tema do lesbianismo do que tinha sido possível anteriormente. O filme seguinte na esteira era "Walk on the Wild Side", produzido por Charles Feldman para a Columbia. Foi adaptado de um romance de Nelson Algren, mas como era comum, pouco do romance real aparecia adaptado no filme.
A história diz respeito a um jovem texano, Dove Linkhorn. Depois da morte do seu pai, Dove deixa a casa para procurar o amor perdido, Hallie Gerard, a quem ele acredita estar em Nova Orleans. Dove (Laurence Harvey) é transformado num homem com uma missão, viajando para New Orleans para se reunir com o verdadeiro amor (Capucine). No caminho, ele encontra conspirações na adolescente vagabunda Kitty Twist (Jane Fonda), que o ajuda a apanhar boleia para o Big Easy. Enquanto isso, Hallie trabalha num elegante bordel chamado Doll House, dirigido com punho de ferro pela madame Jo (Barbara Stanwyck). 
Os amantes estão finalmente reunidos, embora Hallie parta o coração de Dove quando ele descobre o que ela faz por causa do dinheiro. Ele promete tirá-la desta vida, mas a gestora do bordel é vingativa e relutante em deixar Hallie partir, e emprega Kitty num plano para chantagear Dove. O filme termina com uma nota sombria, atípica para a sua época, mas também tranquiliza o espectador que todos os culpados foram devidamente punidos.
Fielmente traduzido para a tela, Walk on the Wild Side seria um caso sério, em 1962, para os reestritos Production Codes, se estes estivessem em pleno vigor. No entanto, são menos as descrições explícitas da pobreza e de casas de prostituição, e mais o ponto de vista das pessoas que habitam este mundo. Walk on the Wild Side ainda assim é um filme do máximo interesse, e a sua frieza é surpreendente. A Hallie de Capucine deve ser uma das protagonistas românticas mais deprimidas da história, e o final é brutalmente angustiante. Mas o destaque vai também para a abertura ultra-sexy de Saul Bass e na sequência de créditos finais, que seguem um gato preto através das ruas de New Orleans, e entra numa violenta briga com um gato rival.
Legendas em espanhol.

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Imdb

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