sábado, 21 de setembro de 2013
Gabbeh (Gabbeh) 1996
Um tapete folclórico (Gabbeh), retratando um homem e uma mulher cavalgando, é o bem mais valioso de um casal de idosos nómade. Quando eles se sentam para lavá-lo na margem de um rio, uma bela jovem surge de repente do tapete para se juntar a eles. Uma vez mantida refém pelas restrições infinitas da família que detém o tapete, ela revela que o segredo do tapete está dentro do misterioso cavaleiro vestido de negro, no cavalo branco. Mês após mês, ano após ano, ele tinha seguido a sua família de longe, sempre presente, sempre à espera, uivando para as suas canções de amor - desejando que ela fugisse com ele.
A natureza na sua vastidão impessoal e, curiosamente, a tecelagem de tapetes são companheiros fascinantes de "Gabbeh", visualmente encantador, uma fantasia romântica do Irão. Usando a tecelagem como uma metáfora, o filme olha para o desejo humano e para as ligações entre as gerações numa tribo nómade nas estepes da Ásia.
Filmes de qualquer tipo são raros no Irão. Aqui, a indústria cinematográfica lutando contra o estado está sujeita à censura e à lei islâmica. "Gabbeh", foi realizado por Mohsen Makhmalbaf, um dos realizadores mais respeitados do país. Mas o filme, depois de lhe ter sido dada autorização ao argumento, foi, mais tarde inexplicavelmente proibido. A ideia inicial de Makhmalbaf, era fazer um documentário sobre a tecelagem da tribo Ghashghai, no sudeste do Irão, um lugar de espaços abertos formidáveis, temperamentais céus e os extremos do clima. Mas ficou impressionado pela forma como o artesanato e a sua poesia visual eram inseparáveis das ricas experiências humanas dos tecelões. Talvez o modo como "Gabbeh" salta de documentário para a fantasia sonhadora de uma jovem mulher (Shaghayegh Djodat) ansiando por um cavaleiro misterioso para levá-la para longe, levando o filme para longe da ideia original que o governo tinha aprovado, tenha sido a razão porque o filme foi banido.
O filme foi sensação no festival de Sitgés de 1996.
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