domingo, 8 de setembro de 2013
Eugenie... the Story of Her Journey Into Perversion (La Isla de la Muerte) 1970
Uma moderna interpretação/embelezamento da novela do Marquês de Sade de 1795, "Philosophy in the Boudoir", a narrativa do filme refere-se à transformação de uma adolescente sexualmente inocente e ingénua nas mãos de pessoas decadentes e depravadas. Eugenie Mistival (a doce e sexy Marie Liljedahl) aceita um convite para passar o fim de semana numa ilha privada de propriedade de Marianne (Maria Rohm), uma mulher mais velha e rica que recentemente fez amizade com ela. Aos poucos Eugenie fica a saber que Marianne seduziu o seu pai (Paul Müller) a fim de organizar a viagem. Chegando à mansão da ilha isolada, Eugenie é introduzida ao assustador Mirvel (Jack Taylor), meio-irmão de Marianne, que não faz segredo do seu desejo por ela. Pouco tempo depois Marianne convida Eugenie para compartilhar um banho, e, que se estende languidamente, introduzindo Eugenie para as alegrias do amor sádico.Do elenco faz também parte Christopher Lee, no papel de Dolmance.
O cineasta Jess Franco há muito tempo que tinha um fascínio pelas obras do Marquês de Sade, pedindo emprestado temas, títulos e personagens numa visão caleidoscópica que é altamente idiossincrática.
Eugenie foi feito durante a parceria de Franco com o produtor Harry Alan Towers, que lhe deu acesso a tais talentos como Lee e Liljedahl. Foi basicamente considerado um filme de X-rated, mostrado em lugares para esses filmes como o Times Square. Mas estreou no Mann's Chinese Theater e fez muito bem na bilheteira, ganhando um público mais amplo, como resultado. Posteriormente saíram muitos filme de Franco em videocassetes mas tal nunca aconteceu com este que acabou por caír no esquecimento, levando muitos fãs a considerarem-no um filme perdido. Acabou por ser lançado em DVD pela Blue Underground.
Com o passar dos anos, "Eugenie" tornou-se num filme menos chocante do que teria sido na altura do seu lançamento. É também mais verdadeiro ao espírito do Marquês, se é que ele tinha um ... porque as idéias do Marquês sobre o choque era geralmente limitadas a descrições repetitivas e episódicas dos crimes sexuais habituais, com assassinatos cruéis intercalados como tempero cínico, todos dispostos propositadamente para escandalizar as praças do século 18, na negação de que a mente humana poderia conceber tal mal. Franco e Towers são realmente mais credíveis com os seus ultrajes do que era o Marquês - um dos principais objetivos de De Sade era satirizar a corrupção da realeza francesa. Há muita nudez, que deixa de ser provocativa, logo que o corpo de Eugenie se torna uma visão familiar. As cenas de sexo são contidas e de bom gosto para um filme de Franco. O ingrediente mais activo no filme é a banda sonora de Bruno Nicolai. É variada e lúdica, com riffs de cocktail latino com guitarras elétricas. Algumas vozes misteriosas lembram-nos de Morricone em "Danger: Diabolik", mas esta grande banda-sonora tem a sua própria personalidade.
Critica do theresomethingouthere aqui.
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