domingo, 3 de fevereiro de 2013
O Comboio dos Duros (Convoy) 1978
Convoy é talvez um dos mais estranhos filmes do final dos anos setenta sobre caminonistas e os ataques à autoridade, com um enredo confuso, e o facto do filme pisar uma linha, não muito bem definida, entre a auto-paródia e a auto-importância. Talvez devemos considerar que a saúde de Peckinpah nos últimos anos da sua vida, e as histórias sobre o abuso de substâncias ilegais, acabam por fazer alguma mossa na carreira do realizador. É relatado que o actor James Coburn rodou uma boa parte da longa-metragem como segundo realizador, quando Peckinpah não se sentia à altura da tarefa.
Kris Kristofferson desempenha um camionista durão, que ganha a vida nas estradas dos Estados Unidos, fazendo amigos e amantes, ao longo do caminho. Um dia, ele e os amigos, são incomodados por um xerife corrupto (e racista), Lyle (Ernest Borgnine), que leva o seu dinheiro, até ao momento da vingança, depois de uma gigante parada de camiões. Na luta contra as autoridades rapidamente Rubber Duck (Kristofferson) se torna um herói para outros camionistas, que rapidamente se envolvem em ajudá-lo, seguindo a sua liderança num comboio que se estende por mais de um quilómetro.
Provavelmente o motivo porque este filme foi feito, foi o sucesso de "Smokey and the Bandit", que contava uma história muito semelhante, de um bandido desportivo, que alcançava muitos corações por causa da sua indefinição com a lei, fazendo com que as pessoas o ajudassem sempre que podiam. As comparações acabam aqui. Onde Smokey conseguia um charme irreverente, Convoy vacilava, levando a sua própria história muito a sério, apesar do ridículo dos muitos eventos que aconteciam. Com o passar dos anos, este filme ganhou um estatuto de filme de culto para os nostálgicos dos anos 70, assim como para os fanáticos de Peckinpah, que provavelmente viam-no como uma curiosa obra-prima. O verdadeiro valor do filme, talvez seja algo a meio caminho de tudo isto que falei, no entanto vale a pena ser descoberto.
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