sábado, 5 de janeiro de 2013

O Homem Lobo (The Wolf Man) 1941



Depois da morte do seu irmão, Larry Talbot regressa da América para a sua terra natal, no País de Gales. Visita um acampamento de ciganos com uma jovem da aldeia, Jenny Williams, que é atacada por Bela, um cigano que se transformou num lobisomem. Larry mata o lobisomem, mas é mordido durante a luta. A mãe de Bela diz que isso fará com que ele se transforme num lobisomem em cada lua cheia. Larry confessa a situação ao seu pai incrédulo, Sir John, que depois se junta os aldeões numa caça ao lobo.
Dos três maiores filmes de monstros da Universal Studios, Drácula, Frankenstein e O Lobisomem, O Homem Lobo foi o único que não nasceu de um romance notável. Embora muitas lendas de lobisomens abundassem na imprensa, valeu a habilidade do argumentista Curt Siodmak, o talento na caracterização de Jack Pierce, e a interpretação de Lon Chaney Jr para contar a história de um homem condenado por uma maldição eterna, para matar os que ama pela luz da lua cheia.
"The Wolf Man" foi originalmente concebido como um veículo para Boris Karloff, mas como muitas vezes acontece em Hollywood, registaram-se mudanças nas intenções, assim como no argumento. Apenas o título se manteve e o filme acabou por ser atribuído ao realizador George Waggner e ao argumentista Curt Siodmak. Enquanto a realização sem inspiração e directa de Waggner é suficiente, é o trabalho de Siodmak que se destaca, primeiro sobre o folclore europeu, depois, criar a sua própria história sobre um conto de fadas que se transformou numa tragédia grega, uma história sobre um simpático herói condenado.
Lon Chaney Jr foi o único actor a retratar o trágico Larry Talbot, amaldiçoado a se transformar no Homem Lobo e matar contra a sua vontade, em cinco filmes de terror da Universal, fazendo assim o papel exclusivamente seu. O seu desempenho agradável como Lennie em "Of Mice and Men" como um tipo corpulento, simpático, revelou ser o actor perfeito para este retrato da agonia de Talbot e do seu alter-ego demoníaco.
A Universal, em clara crise criativa, queria outro monstro memorável para adicionar à sua lista principal, mudou a ambiguidade inicial do argumento, o que deixou o público a querer saber se Larry era um lobisomem verdadeiro, ou se apenas apenas pensava que era um, o que já tinha acontecido num filme anterior da Universal, "Werewolf of London".
A caracterização, única, de Pierce faz o lobisomem ter uma humanidade, que muita falta faz nos filmes de hoje gerados em CGI. O processo de dissolução do lobisomem que na tela dura alguns segundos, na verdade, levou horas de filmagens trabalhosas como camadas de cabelo a serem aplicados na cara de Chaney e a ser fotografado. Durante o processo, Chaney teve que se manter muito quieto e na mesma posição durante horas, mas o inovador resultado final valeu a pena, e o procedimento seria melhorado no decurso dos filmes subsequentes. 
 Uma palavra também para os actores secundários. Claude Rains muito bem no papel de pai de Talbot, Bela Lugosi no papel do Lobisomem que morde em Talbot, e Maria Ouspenskaya, sempre brilhante, como cigana que sabe tudo o que se está a passar.

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