terça-feira, 22 de janeiro de 2013
O Homem do Fato Claro (The Man in the White Suit) 1951
Em 1951, os Ealing Studios produziram "O Homem do Fato Claro", a história de um cientista, Sidney Stratton (interpretado pela estrela Alec Guinness), que inventa uma fibra super-resistente, que poderia revolucionar a indústria têxtil e vestir toda a gente para a eternidade. Encontramos o nosso jovem herói no laboratório da fábrica têxtil de Corland, como uma figura anónima a trabalhar, aparentemente, às custas do proprietário, Michael Corland (Michael Gough). Quando as notícias sobre o sucesso de Stratton vêm a público, toda a indústia se sente ameaçada por um caos que tanto as fábricas como os sindicatos tentam evitar a todo custo. Unindo esforços, decidem que o fabrico de Stratton jamais será comercializado.
Típica comédia para a Ealing - e especialmente para o realizador Alexander Mackendrick - é uma história ferozmente satírica e bastante obscura que é contada de uma forma deliciosamente acolhedora. Aqui os males e perigos do capitalismo são explorados e, embora o humor por vezes ronde o dos desenhos animados (por exemplo a forma como uma explosão química não faz mais nada às suas vítimas além de rasgar as roupas e denegrir os rostos), ainda tem personagens que, apesar de serem amplamente desenhadas, são completamente críveis e simpáticas. O desempenho de Guinness é, como sempre foi, espetacularmente bom, e tem o público ao seu lado desde o início, com o equilíbrio magistral de humor e emoção. Na verdade, nas mãos de qualquer outra pessoa Stratton poderia ter sido uma personagem profundamente antipática. E no clímax do filme, que o vê perseguido por uma multidão enfurecida, como os moradores do filme de Frankenstein, ele prova mais uma vez que, como comediante físico era mais do que uma ameaça para Chaplin ou Buster Keaton.
Valeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Argumento.
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