A consciência é levantada durante uma reunião de quatro amigos num bar de Budapeste, passada durante a ocupação Nazi da Hungria durante a Segunda Guerra Mundial. embora o filme/livro substitua a suástica por uma estranha cruz, sob os uniformes equivalentes aos uniformes nazis. Mas a menção aos russos, que naquela altura ocupavam o território em substituição dos nazis, demonstra a intenção clara do realizador/escritor. A pergunta lançada é, se morrermos hoje será que gostaríamos de renascer como um poderoso, rico, cruel ditador ou dono de escravos que não acreditasse que estaria a fazer algo de antiético.
Poucos filmes lidam com filosofia e escolhas humanas éticas em situações de testes extremos. "The Fifth Seal" é um filme que não só apresenta um dilema filosófico na sua história mas vai fazer um espectador inteligente e sensível ponderar sobre a sua própria escolha em situações semelhantes.
O filme,dirigido por Zoltan Fabri é baseado num livro de Ferenc Santa, possivelmente o melhor escritor húngaro, e que ganhou quase todas as honras de topo naquele país. O próprio Santa escreveu o argumento do filme, por isso pode adivinhar-se que o filme reflecte o conteúdo do livro com muita precisão. Era o segundo trabalho de Fabri baseado na obra de Ferenc Santa, sendo o primeiro "Twenty Hours" (1965). Ambos os filmes ganharam o prémio principal nos respectivos anos no Festival de Cinema de Moscovo.
Para apreciar suficientemente o filme, ajuda consideravelmente se o espectador tiver alguns conhecimentos sobre a Bíblia Sagrada ou sobre artes visuais, especificamente o autor holandês Hieronymus Bosch (1450-1516). As razões são muito simples.
O título do filme refere-se a uma passagem da Bíblia: "E quando abriu o quinto selo, vi por baixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa da obra de testemunho que costumavam ter". Além disso, um personagem do filme/livro, Karoly Keszei, que é um fotógrafo artístico e um ex-soldado ferido, refere-se à passagem acima, especificamente mencionando o Quinto Selo, num monólogo crucial do filme.
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