quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Arcana (Arcana) 1972

Uma viúva siciliana ganha a vida como vidente, em Milão, mas ela não tem quaisquer poderes. Quem tem os poderes é o filho, e com a ajuda da mãe torna-se um feiticeiro forte. Mas ele falha ao tentar compreender a verdadeira força que tem, e liberta forças descontroladas que levam as pessoas ao seu redor a enlouquecer.
Terceira longa-metragem de Giulio Questi, que já tinha cruzado géneros com o surrealismo, em obras como "Se Sei Vivo Spara" (Western), "La Morte ha Fatto L'uovo" (Giallo), e agora, no campo do terror e do mistério. Durante a maior parte do tempo é um filme muito poderoso e perturbador, com a nossa querida Lucia Bosé no papel da falsa vidente, e Tina Aumont como uma das suas clientes, mas depois o filme acaba por mergulhar numa enorme confusão de experimentalismos.
Por causa disso acabou por ser um fracasso comercial, e comprometer a promissora carreira do realizador, dos poucos que conseguiu equilibrar as narrativas do cinema de género, com o cinema inovador da década de sessenta. Foi a última longa metragem para cinema, de Questi, que a partir daqui só trabalhou para televisão. 
Palavras do próprio realizador, no início do filme: "This film is not a story. It’s a card game. This is why the beginning is not credible nor is the ending. You are the players. Play well and win.”

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