terça-feira, 30 de junho de 2015

Eu e a Minha Namorada (Me and My Gal) 1932

"Ambientada em Manhattan, a história tem a ver com um polícia de coração mole, não muito inteligente (Spencer Tracy), que namora a empregada de mesa de uma casa de sopas e, por mero acaso, apanha um famoso gangster que, convenientemente, escolheu o sótão da irmã dele para se esconder. Pelos vistos, Raoul Walsh e os seus argumentistas usaram esta premissa como deixa para fazer o que bem entendiam. O resultado é um filme delicioso, despretencioso, muitas vezes louco.
O populismo de "Me and My Gal" parece sincero, embora o retrato dos americanos de origem irlandesa na Nova Iorque durante a depressão, seja sem dúvida idealizado, o optimismo, a ternura, o calor humano e a intensidade da experiência comum por detrás da idealização são verdadeiros. Neste filme feito antes da revogação da Lei Seca, não apenas há um motivo cómico recorrente envolvendo um bêbado belicoso (o excêntrico Will Stanton), mas há também uma cena de casamento que é uma homenagem aos copos, com o pai da noiva a entrar em grande plano e a lançar um convite para dentro das lentes da câmara: "Quem quer um copo?"
Com toda a comicidade de "Me and My Gal", não é nem surpreendente nem lamentável que o lado sério da intriga saia a perder. O à vontade com que Walsh lida com o espaço, o seu fraco pelos durões e pelos bondosos, bem como o domínio de cada nuance do seu material, são evidentes do principio ao fim do filme que, por milagre, nunca desliza para o meramente convencional." 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer

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