segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Lugar do Morto (O Lugar do Morto) 1984



Álvaro Serpa, jornalista, divorciado pára uma madrugada na marginal. Assiste a uma discussão entre um casal e pouco depois a mulher entra no seu carro e pede-lhe para o levar dali. O jornalista, intrigado, acede só para pouco depois, novamente a pedido dela, regressar ao local onde encontram o homem morto. A mulher foge e Álvaro apenas sabe que ela se chama Ana.
Realizado por António Pedro Vasconcelos, que, com Carlos Saboga, foi também o autor do argumento. A película contou com a colaboração de João Rocha, responsável pela fotografia, e de Alain Jomy, que assumiu a direção musical. As interpretações ficaram a cargo de Ana Zanatti, Pedro Oliveira, Teresa Madruga, Carlos Coelho, Isabel Mota e Ruy Furtado. O Lugar do Morto constituiu a quarta longa-metragem de António Pedro Vasconcelos e atingiu um dos maiores êxitos de bilheteira do cinema português, ultrapassando os 300 mil espectadores, em larga medida por nele participarem alguns vultos conhecidos dos ecrãs televisivos. É uma história de ficção que versa o desmoronamento da instituição familiar e a consequente redistribuição de lugares a que isso força. Um policial clássico, às voltas com uma testemunha ocular do suicídio perpetrado por um engenheiro após discussão com a amante.
Na década de 80 do século passado deu-se a ruptura do cinema português com o passado. O cinema nacional precisava duma lufada de ar fresco e para isso tinha que romper com os seus próprios limites. Muitos foram os filmes que, de uma forma ou doutra, marcaram a década (muitos deles estão a ser apresentados neste ciclo), mas nenhum teve o sucesso e a importância de "O Lugar do Morto". Inicialmente o filme foi pouco compreendido, mas depois a curiosidade do público viria a torná-lo no maior êxito de bilheteira de sempre na produção nacional.

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