Durante o boom dos anos 60 e 70, os produtores especializaram-se em filmes de acção que poderiam exportar facilmente, mesmo que isso significasse trabalhar em géneros que não fossem exatamente populares localmente, como os Westerns do cinema italiano. O argumentista e realizador Fernando Di Leo trabalhou com Sergio Leone nos primeirosspaghettis, e então, tentou a sua sorte numa enorme variedade de géneros, tendo os seus maiores sucessos com dramas eróticos e os filmes de crime conhecidos como poliziotteschi. Ao contrário dos westerns, os melhores filmes policiais italianos chegaram repletos de detalhes privilegiados, uma vez que se originavam na casa da máfia. Os filmes de gangster de Di Leo, tinham uma inclinação especial de esquerda, assumindo a corrupção política, e é claro que tinham pesados elementos de exploitation.
A trilogia de Fernando di Leo está ligada pelo tema, e não pelo enredo. Nenhum destes filmes são obras-primas, mas têm um feeling emocionante, sobretudo nas sequências de acção. Luis Bacalov fez a banda sonora para todos, mas The Italian Connection, é o seu trabalho mais inovador, combinando elementos do velho mundo com música rock progressiva. Mas os filmes de Di Leo são principalmente distinguidos pela perspectiva sobre o poder, que critica o facilmente anulado "código de honra" entre os bandidos e a indiferença de uma força policial. No mundo de Di Leo, os homens fazem o seu próprio jogo, aprendendo a confiar apenas nas suas relações de sangue.
Tarantino foi muito influenciado pelo trabalho deste realizador, especialmente em Reservoir Dogs, e Pulp Fiction.
1 comentário:
Boa a resenha. Mas uma pena atribuir a trilha de La Mala Ordina a Bacalov.
Ele era grande! Mas Armando Trovajoli (o compositor da trilha de Mala Ordina) também o foi. Então, esclarecendo: Bacalov compôs as trilhas de Milano Calibro 9 e de Il Boss. Armando Trovajoli, a de La Mala Ordina.
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